No passado dia 30 de abril
completaram-se setenta anos sobre a morte de Hitler. No seu fuhrerbunker supõe-se que terá dado um
tiro na cabeça sem deixar de ter tomado uma dose letal, acautelando a
eventualidade de o suicido não ser bem-sucedido.
A loucura nazi-fascista tinha começado
com a morte de Mussolini em Mezzegra, dois dias antes, donde foi levado para
Milão onde o corpo foi exibido de cabeça para baixo de modo a que não
subsistissem dúvidas sobre a morte.
A 1 de maio, era a vez de Joseph
Goebbels, doutorado em 1921 pela Universidade de Heidelberg com uma tese sobre
o Romantismo. Conjuntamente com a mulher matou os seis filhos suicidando-se de
seguida. A ele ficou a dever-se a expressão Heil
Hitler e o pogrom contra os judeus em 1938 na noite dos cristais; foi um
dos teorizadores do nazismo.
A 22 de maio, era a vez de Heinrich
Himmler, grande arquiteto do holocausto, engolir uma cápsula de cianeto pondo
termo à vida. Em 25 dias os quatro homens fortes do nazi-fascismo desapareceram
deixando a Europa livre da sua sombra malfazeja.
Veio a divisão da Europa, o plano Marshall,
as teses de Keynes e a recuperação das economias a que se seguiu umas das
grandes obras da história da humanidade: a construção do Estado Social.
Passaram setenta anos mas, pouco ou nada
se aprendeu. O povo vota nos que teimam em destruir o que resta do Estado
Social, aceita os magros salários e a ditadura sem regras do capital
financeiro.
A Europa continua no caldeirão dos
grandes desequilíbrios geoestratégicos enquanto a Alemanha vai sugando tudo à
volta numa tentativa de construir a sua hegemonia, pagando a aventura da
unificação, enquanto os países do sul vão caminhando para um regime de aparente
protetorado.
Com alguns milhões transferidos para as
contas de corruptos em off shores e
meia dúzia de jornais arregimentados constrói-se mais facilmente a ignomínia do
que com grandes exércitos.
Incompreensivelmente,
o povo continua a ter fascínio pelos tiranos.

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