Por: Ernesto Salgado Areias
A escola é por excelência o espaço de aprofundamento do sentido ético da liberdade e de construção do pensamento critico.
A Universidade Sénior de Chaves, entre muitas outras iniciativas, lançou este ano letivo um programa denominado “Conversas ao serão “ que pretende assumir-se como um espaço de debate público.
Até ao momento foram realizadas duas sessões: a primeira versou sobre “Holocausto – uma outra perspetiva” e a segunda sobre os “Direitos Humanos – estratégias para paz”. Nesta última estiveram representadas quatro organizações, mais concretamente, Rotary Internacional, Amnistia Internacional, Educadores para a Paz e Auditores de Defesa Nacional.
Estas sessões públicas de debate terão lugar uma vez por mês na última ou penúltima sexta-feira, pelas 20h30 na Biblioteca da Universidade.
Numa altura em que alguns partidos se converteram em plataformas de negócios e de assalto ao Estado e autarquias, cumpre aos cidadãos criar espaços de debate onde a sua voz se faça ouvir.
A escola é por excelência o espaço de aprofundamento do sentido ético da liberdade e de construção do pensamento critico. Sem estes vetores não há escola mas antes um espaço de formatação para uma cidadania sem chama e intervenção. O maior legado da escola não é o conhecimento mas sim a liberdade de pensamento. Ao conhecimento vamos chegando sempre, mas de pouco servirá se não soubermos usá-lo enquanto cidadãos de corpo inteiro.
É esta a filosofia da Universidade Sénior: espaço de liberdade e cidadania, espaço onde os alunos são ouvidos e têm absoluta liberdade de pensamento orientando a sua formação de acordo com o seu gosto e opções pessoais.
Quando pensávamos que estes direitos estavam conquistados e o caminho se faria para a frente, a verdade, é que há regressões que apenas podem encaminhar-nos no sentido do empobrecimento material e espiritual.
Aos que consideram, referindo-se aos mais velhos, e aos que recebem pensões de reforma, tratar-se de “Peste grisalha” dos tempos modernos, nós respondemos que venham para a nossa Universidade onde se sentirão cidadãos de pleno direito.
Os mais velhos não são a “Peste grisalha” mas sim os portadores da memória e os grandes construtores e impulsionadores do mundo de hoje, exemplo vivo e construtores da liberdade.
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