
Por: Diogo Martins Martins
Morre a ilusão
Acaba-se a ideia de que o que temos é eterno. De que o que
fazemos dura para sempre.
De que no esquecimento há esforço, mas não há esforço para que não haja esquecimento.
Morre a ilusão da permanência. Permanência essa que julgamos só ter valor por ser permanente.
De que no esquecimento há esforço, mas não há esforço para que não haja esquecimento.
Morre a ilusão da permanência. Permanência essa que julgamos só ter valor por ser permanente.
No dia em que a cultura morrer, e com ela levar a ilusão, os
que a tentaram salvar morrerão de contentes.
Contentes porque sabem que a cultura estaria mais morta com a vida permanente do que com a evolução que é a morte. Há dignidade na morte. Na morte há mudança.
Contentes porque sabem que a cultura estaria mais morta com a vida permanente do que com a evolução que é a morte. Há dignidade na morte. Na morte há mudança.
No dia em que a cultura morrer deixaremos de viver iludidos
com o que é nosso e com o que é dos outros. Aprenderemos que não há pertenças,
nem mesmo naquilo que julgamos pertencer-nos.
Que a única coisa que é realmente nossa é a ilusão de pertencermos a
algo.
Nunca será nosso aquilo que somos porque somos pedaços uns dos outros. Nesse dia seremos verdadeiramente nós.
Nunca será nosso aquilo que somos porque somos pedaços uns dos outros. Nesse dia seremos verdadeiramente nós.
No dia em que a cultura morrer, morreremos todos nós a
seguir, com a certeza de que só a cultura irá sobreviver para que com ela nos
possamos reconstruir.
No dia em que nos julgarmos construídos, vai ser necessário a cultura morrer de novo.
No dia em que nos julgarmos construídos, vai ser necessário a cultura morrer de novo.
Sem comentários :
Enviar um comentário