Por: Chaves Intemporal
“... Ao fotografar estamos a registar uma sensação, mas ao utilizar ou reutilizar uma fotografia estamos a criar sentido.” Daniel Blaufunks
Instado a escrever algo sobre a fotografia, no que diz respeito ao projeto Chaves Intemporal, confrontamo-nos com o inconveniente “papel em branco”, que nos servirá de positivo a esta nossa explanação.
Desta forma, tentamos dar conteúdo às ideias, mais ou menos soltas, de quatro amigos cujo interesse pela fotografia é comum, graças à paixão por esta nossa Aquae Flaviae.
Se assim o pensamos, melhor o entendemos iniciar. Envolvendo a diáspora Flaviense (utilizando para o efeito meios de comunicação hoje disponíveis e tendo sempre como ponto de referência esta nossa região) e potenciando o que tem de melhor, afagam-se saudades e/ou criam-se necessidades de a conhecer – a quem dela diretamente não possa usufruir.
Temos consciência que ao fotografar estamos a selecionar, logo a excluir. Contudo, assumimos que a fotografia também é memória. Nesse sentido é também passado e transmite seguramente “o nosso olhar” sobre um presente que nos é comum e partilhado, deixando a possibilidade de expressar diferentes caminhos possíveis de uma poética interpretativa em que o observador toma parte ativa.
É com base nestes pressupostos que entendemos que “a fotografia é um segredo sobre um segredo” (Diane Arbus), pelo que estas não carecem de descrições que seguramente as condicionariam e muito menos de títulos que as limitem. Estas por si só, transmitem um “real” partilhado em que convidamos o contemplador a participar neste jogo de sensações e recordações, aportando as suas vivências e momentos de particular interesse que a memória seguramente colorirá.
Foi com estes propósitos que demos início a este nosso projeto e que hoje se vê complementado com outras atividades no mesmo âmbito, visando apenas a divulgação e promoção simultânea desta nossa região – através da fotografia –, atribuindo sentido a esta estética, que simultaneamente aprendemos, gostamos e queremos divulgar.
Fica o compromisso deste nosso sentir...
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